O que pode um periódico de artes em termos de internacionalização?

Anna Mirabella, Professora, editora associada, Université de Nantes, França

Vivemos num mundo no qual as imagens e as palavras circulam aparentemente sem entraves, enquanto os corpos correm o risco, frequentemente, de serem prisioneiros das fronteiras materiais ou culturais. Mais do que isso, no mundo globalizado, o risco de uma dissociação artificial, fonte de normatização, entre corpos, de um lado, e palavras e imagens, de outro, é profundo.

As artes da performance e as artes performativas, de um modo geral, emergem como uma espécie de laboratório experimental no qual o agenciamento corpos-imagens-palavras pode ser discutido, desconstruído e reinventado na presença e na cena. Para tanto, contar histórias múltiplas sobre esse agenciamento da forma como ele é definido em diferentes culturas e épocas, colocar em debate sua evolução e suas formas de hibridação, permite revelar um dos grandes desafios da nossa modernidade globalizada e de sua história.

É nessa perspectiva que o periódico tem se tornado um lugar de trocas e de compartilhamento de experiências e reflexões de uma vasta rede de pesquisadores internacionais.

Esse sentido de internacionalização, com efeito, nos é caro, visto que não se trata de relações unilateriais, hierarquizadas e coloniais; mas, de um aparato de relações horizontais que se dão por intermédio de um processo complexo de publicação. Esse processo não se reduz a colocar online artigos quaisquer, mas num trabalho minucioso no qual as relações internacionais funcionam tanto como catalizador do resultado das pesquisas mais recentes, quanto como indutor de encontros e debates que fazem avançar a área de artes em diferentes países.

De acordo com Farias (2017, p. 401) “Para competir no mercado editorial internacional, se estabelece a perspectiva de que o caminho para a internacionalização passa pela profissionalização editorial, em que um publisher (casa editorial) será responsável pelas partes operacional e gerencial, e a parte acadêmico-científica será responsabilidade de um corpo editorial diversificado e de excelente reputação acadêmico-científica.”

A seguir, a professora Anna Mirabella, nossa editora associada na França, comenta sobre seu trabalho como editora e a importância de um periódico internacionalizado.

Para ler o artigo, acesse

FARIAS, S. A. Internacionalização dos periódicos brasileiros. Rev. adm. empres. [online]. 2017, vol.57, n.4  pp.401-404. ISSN 0034-7590. [viewed 11 October 2018]. DOI: 10.1590/s0034-759020170409. Available from: http://ref.scielo.org/7c54yy

Link externo

Revista Brasileira de Estudos da Presença – RBEP: www.scielo.br/rbep

Anna Mirabella – http://lamo.univ-nantes.fr/CV-Anna-Mirabella

Sobre Anna Mirabella

Anna Mirabella

Anna Mirabella

Anna Mirabella é doutora em História pela Università degli Studi di Trieste, na Itália, e professora na área de teatro e política na época moderna e contemporânea na Université de Nantes, na França. E-mail: anna.mirabella@univ-nantes.fr

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

MIRABELLA, A. O que pode um periódico de artes em termos de internacionalização? [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2018 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2018/10/24/o-que-pode-um-periodico-de-artes-em-termos-de-internacionalizacao/

 

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