Desnaturalização foucaultiana na escola

Gabriel Nascimento da Silva Santos, Filósofo e professor do Colégio São Paulo da Cruz, Belo Horizonte, MG, Brasil

Éderson Luís Silveira, Doutorando em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil

João Paulo de Lorena Silva, Mestrando em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil

edreal_logoO artigo intitulado “(Des)naturalizando sujeitos e práticas na escola: Foucault para além de vigiar e punir”, de Gabriel Nascimento da Silva Santos, Éderson Luís Silveira e João Paulo de Lorena Silva em Educação & Realidade (v. 41, n. 4) se propõe a trazer contribuições foucaultianas para o campo da educação. Desse modo, considerando a temática do cuidado de si, tem-se por objetivo apresentar de que modo a desnaturalização de saberes emerge como tema para além das discussões acerca da normalização e disciplinamento dos sujeitos. Por meio da articulação entre processos de subjetivação e práticas do cuidado de si, categorias outras para além daqueles advindas das discussões possibilitadas pela obra Vigiar e Punir, por exemplo, são mobilizadas para (re)pensar a pauta das discussões em torno da educação na atualidade.

Inicialmente, tem-se a apresentação contextualizada do pensamento de Michel Foucault bem como uma visão geral sobre sua trajetória de pensamento. Em seguida, são trazidas chaves de leitura para apreender como o seu dizer parresiástico em torno do cuidado de si, balizado no diálogo do Alcibíades, de Platão, pode indicar novos elementos para a problematização da educação brasileira e, consequentemente, as implicações dessa reflexão para o debate em torno da formação humana na contemporaneidade. A retomada da moral greco-romana por Foucault permite, assim, que sejam percebidas experiências dessujeitantes na educação bem como a relação dos sujeitos com a verdade a partir do que está assentado historicamente no lugar do verdadeiro.

O estudo, portanto, goza de uma inserção entre as pesquisas que oferecem ferramentas exploratório-conceptuais para criticar os rumos metodológicos adotados nas mais diversas práticas educacionais e curriculares no esforço de recuperar a liberdade e a autonomia do educando que foram sendo massacradas com o avanço do capitalismo, com o desenvolvimento das novas relações de produção e também com os paradigmas da moralidade ocidental, baseados na normatividade, na universalização e na homogeneização.

Para ler o artigo, acesse

SANTOS, G. N. S., SILVEIRA, E. L. and SILVA, J. P. L. (Des)naturalizando Sujeitos e Práticas na Escola: Foucault para além de vigiar e punir. Educ. Real. [online]. 2016, vol.41, n.4, pp.1275-1287. [viewed 24 January 2016]. ISSN 0100-3143. DOI: 10.1590/2175-623653313. Available from: http://ref.scielo.org/dz6p37

Link externo

Educação & Realidade – EDREAL: www.scielo.br/edreal

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

Desnaturalização foucaultiana na escola [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2017 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2017/02/08/desnaturalizacao-foucaultiana-na-escola/

 

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