Trabalho docente como sacerdócio gera sofrimento e adoecimento de professoras

Jarbas Santos Vieira, professor-pesquisador, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil

tes_logoO artigo “Trabalho docente e saúde das professoras de Educação Infantil de Pelotas, Rio Grande do Sul”, publicado no periódico Trabalho, Educação e Saúde, volume 2, número 14, de 2016, discute a relação entre processo de trabalho docente e a saúde das professoras que atuam em escolas municipais de educação infantil (Emeis), tendo como base os resultados da pesquisa “A produção do mal-estar docente nas escolas municipais de educação infantil de Pelotas”.

“A complexidade do trabalho docente e a gama de atribuições impostas ao professorado permite que uma série de discursos interfiram nesse trabalho”, afirmam os autores do artigo Jarbas Santos Vieira, Vanessa Bugs Gonçalves e Maria de Fátima Duarte Martins. Nessa trama, as docentes consideram serem suas as responsabilidades e as mazelas encontradas cotidianamente nas escolas e, ao não alcançarem o objetivo esperado, sofrem por fracassarem. Ao não compartilharem as responsabilidades e os fracassos, as professoras, esgotadas, silenciam e adoecem, por creditar a si a causa do não aprendizado, da violência, da pobreza… São essas questões que ajudam a pensar a relação entre o processo de trabalho dessas professoras e sua saúde (ou seu adoecimento), abrindo a possibilidade de contribuir com a qualidade da educação e de suas profissionais nesse nível de escolaridade.

A análise indica estreita relação entre o atual processo de trabalho das professoras de Educação Infantil e seus problemas de saúde, contribuindo para o adoecimento individual — o que explica o número de professoras em risco de adoecimento segundo o Modelo Demanda/Controle. São muitos os conflitos que fazem parte do dia a dia de professoras, que se deparam com várias funções efetivamente desempenhadas e que não estariam circunscritas na ótica da educação institucionalizada.

Os dados analisados foram coletados pelo questionário Job Content Questionnaire (JCQ) e por entrevistas com professoras que atuam na Educação Infantil da rede pública municipal de Pelotas, visando explorar as dimensões quantitativas e qualitativas da relação entre trabalho docente e saúde das professoras.

Para ler o artigo, acesse

VIEIRA, J. S., GONCALVES, V. B. and MARTINS, M. de F. D. Trabalho docente e saúde das professoras de educação infantil de pelotas, rio grande do sul. Trab. educ. saúde [online]. 2016, vol.14, n.2, pp.559-574. [viewedth 16 June 2016]. ISSN 1678-1007. Available from: http://ref.scielo.org/pzkqrz

Link externo

Trabalho, Educação e Saúde – TES: www.scielo.br/tes

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

VIEIRA, J. S. Trabalho docente como sacerdócio gera sofrimento e adoecimento de professoras [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2016 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2016/06/29/trabalho-docente-como-sacerdocio-gera-sofrimento-e-adoecimento-de-professoras/

 

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