Fundamentos, Prática e Implementação da Ciência Aberta

Pablo Rogers, Professor, Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Gestão e Negócios, Uberlândia, MG, Brazil. 

Ricardo Limongi, Professor, Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Contabilidade Economia e Administração, Goiânia, GO, Brazil.

Logo do periódico Brazilian Administration ReviewPesquisadores brasileiros encerram uma série de três editoriais sobre ciência aberta com uma proposta concreta de aplicação: o ARTE (Article Reprodutibility Template & Environment) Workflow, um modelo escalável que facilita a adoção de práticas abertas, rigorosas e reprodutíveis na pesquisa em administração e ciências sociais aplicadas.

O estudo Open Science in Three Acts: Foundations, Practice, and Implementation — Third Act, publicado no periódico  Brazilian Administration Review (vol. 22, no. 3, 2025), responde a um desafio comum nas universidades: como implementar as diretrizes da Ciência Aberta na prática diária do cientista social brasileiro.

A proposta, desenvolvida entre 2024 e 2025, oferece uma ponte entre o conhecimento teórico e a implementação prática de fluxos de trabalho abertos, adaptados à realidade dos pesquisadores da área.O editorial é assinado por Pablo Rogers e Ricardo Limongi, docentes e pesquisadores das Universidade Federal de Uberlândia e Universidade Federal de Goiás, respectivamente.

Após identificarem, nos dois primeiros editoriais da série, os principais obstáculos e ferramentas para a ciência aberta, os autores desenvolveram uma solução prática: um repositório público no GitHub com um modelo de artigo científico reproduzível, que integra ferramentas como RStudio, Quarto, Git/GitHub, OSF e Docker. A proposta busca reduzir a complexidade técnica, o tempo de implementação e o receio de adoção de novas tecnologias por pesquisadores não familiarizados com documentos dinâmicos, controle de versão ou ambiente.

 

 

Entre os resultados, destaca-se a criação de um fluxo de trabalho que organiza projetos de forma transparente, documentada e escalável, permitindo níveis graduais de rigor — desde a mínima até a completa reprodutibilidade. O ARTE não é apenas uma estrutura técnica, mas também uma ferramenta pedagógica: permite que cientistas iniciem com práticas simples e avancem conforme desenvolvem habilidades. Com isso, o estudo contribui para fortalecer a integridade científica, combater a crise de reprodutibilidade e democratizar o acesso à ciência aberta na prática.

Apesar de seus avanços, a adoção plena da proposta ainda enfrenta desafios, como a falta de formação técnica na pós-graduação e a resistência institucional a novas métricas de qualidade científica. Para apoiar a comunidade acadêmica nesse processo, os autores oferecem recursos didáticos do curso intermitente Artigo à Prova de Futuro, com tutoriais e materiais abertos, voltados à capacitação em fluxos de ciência aberta. O editorial conclui com um convite direto à comunidade: “Para seu próximo projeto, experimente este fluxo de trabalho”.

Para ler o artigo, acesse

R. ROGERS, P. and LIMONGI, R. Open Science in Three Acts: Foundations, Practice, and Implementation — Third Act. Brazilian Administration Review [online]. 2025, vol. 22, no. 3, e250162 [viewed 1 December 2025]. https://doi.org/10.1590/1807-7692bar2025250162. Available from: https://www.scielo.br/j/bar/a/sVsykFsVv3JNqMy4Kp4sgRB/

Links externos

Curso intermitente – Artigo à Prova de Futuro

Brazilian Administration Review – SciELO

Brazilian Administration Review – Site

Repositório público – GitHub

ARTE – Workflow

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

R. ROGERS, P. and LIMONGI, R. Fundamentos, Prática e Implementação da Ciência Aberta [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2025 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2025/12/01/fundamentos-pratica-e-implementacao-da-ciencia-aberta/

 

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