Democratização no acesso à energia

Por Ricardo Abramovay, Professor Titular da Faculdade de Economia e Administração da USP, São Paulo/SP, Brasil.

A pesquisa discute quais são as consequências da inevitável ruptura nas modalidades tradicionais de geração de energia no mundo contemporâneo. Entre elas, o modelo de negócio que sempre foi o protagonista do processo de crescimento econômico, os combustíveis fósseis.

Até poucos anos atrás, os preços das energias renováveis eram inviáveis para que países pobres tivessem acesso, fazendo com que estes adotassem formas de produção energética com base em matrizes tradicionais; o grande problema é que essas empresas só conseguiram converter seu patrimônio em riqueza perante a contínua degradação do sistema climático.

Neste contexto, o mais importante não é assegurar aos países em desenvolvimento o direito de emitir gases do efeito estufa; em primeiro lugar, porque este processo não é mais compatível com a noção de desenvolvimento, especialmente quando se considera o desenvolvimento proposto por Amartya Sen. E, em segundo lugar, porque já existem meios técnicos que permitem a estes países o acesso às utilidades em que o processo de desenvolvimento possa se apoiar, sem que, para isso, a matriz energética necessite ser fóssil.

O foco da questão se volta, portanto, em dotar os países de renda média e baixa, de condições técnicas que lhes permitam entrar e avançar, na revolução técnica e digital sem ter que passar pelo processo ambientalmente predatório marca da primeira e segunda revolução industrial.

Para ler o artigo, acesse:

ABRAMOVAY, Ricardo. Inovações para que se democratize o acesso à energia, sem ampliar as emissões. Ambient. soc. [online]. 2014, vol.17, n.3 [citado 2014-11-17], pp. 01-18. ISSN 1809-4422. DOI: 10.1590/S1414-753X2014000300002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2014000300002&lng=pt&nrm=iso.

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Ambiente & Sociedade – <http://www.scielo.br/asoc/>