Cristine Maria Warmling, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
A pesquisa verificou que os profissionais das equipes de saúde bucal de nível médio e fundamental no Sistema Único de Saúde (SUS) trabalham com mais intensidade nas competências de promoção e prevenção de saúde. Constatou ainda que a organização do ambiente de trabalho confere maior aproximação entre as práticas públicas e privadas e, finalmente, que, independente do vínculo, não houve diferenças expressivas entre o processo de trabalho dos auxiliares e dos técnicos de saúde bucal.
A discussão e a análise dos resultados apresentados pelo artigo “Competências de auxiliares e técnicos de saúde bucal e o vínculo com o sistema único de saúde”, de autoria de Cristine Maria Warmling, Evelise Klein da Rosa, Luciane Maria Pezzato e Ramona Fernanda Ceriotti Toassi, publicado no periódico Trabalho, Educação e Saúde, volume 2, número 14, de 2016, permitiram observar que o papel desempenhado pelos auxiliares e técnicos ainda está muito aquém do que se espera serem suas potencialidades. A inovação não está marcando a evolução de suas competências e atribuições profissionais.
A promulgação da recente lei n. 11.889/08, que trata de regulação profissional, não parece ter contribuído para isso. A profissão como um todo precisa perceber que o trabalho desses profissionais amplia positivamente o perfil da prática odontológica. “Mas isso depende também de investimentos futuros em pesquisas que abordem a compreensão em profundidade sobre a contribuição desses trabalhadores para o agir profissional no cuidado da saúde bucal”, afirmam os autores.
Para alcançar esses resultados, pesquisadores do campo da saúde bucal coletiva entrevistaram 255 trabalhadores técnicos e auxiliares de saúde bucal vinculados a serviços privados e públicos de saúde, por meio de questionários estruturados.
Concluiu-se que uma mudança do status profissional dos trabalhadores auxiliares e técnicos de saúde bucal para a odontologia tem sido difícil de se efetivar. Uma das razões é que não há diferenças expressivas entre o processo de trabalho realizado pelos auxiliares de saúde bucal e aquele desenvolvido pelos técnicos de saúde bucal. As competências e atribuições assinaladas pelos auxiliares também foram relatadas pelos técnicos, resultando em número pequeno de atribuições exclusivas a esses últimos.
Para ler o artigo, acesse
WARMLING, C. M., ROSA, E. K. da, PEZZATO, L. M. and TOASSI, R. F. C. Competências de auxiliares e técnicos de saúde bucal e o vínculo com o sistema único de saúde. Trab. educ. saúde [online]. 2016, vol.14, n.2, pp.575-592. [viewedth 16 June 2016]. ISSN 1678-1007. DOI: 10.1590/1981-7746-sip00116. Available from: http://ref.scielo.org/sk93vv
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Trabalho, Educação e Saúde – TES: www.scielo.br/tes
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