Candido Alberto Gomes, Instituto Europeu de Estudos Superiores, Fafe, Portugal.
Carlos Ângelo de Meneses Sousa, Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade e Universidade Católica de Brasília, Brasília, Brasil.
A experiência da educação remota durante a pandemia COVID-19 continua sendo objeto de pesquisa em vários países, entre eles Portugal e a Federação Russa, foco do estudo divulgado no artigo How did women and men react to remote Education during the pandemic? The cases of Portugal and Russia que avalia as perspectivas da educação remota para mulheres e homens, detectando fatores emocionais que contribuíram positiva e negativamente para a experiência.
Uma conclusão é que a educação não é um processo meramente racional, mas envolve atitudes e emoções. As mulheres estão em maioria, embora sua escolaridade tenha maiores dificuldades de traduzir suas conquistas em termos de ocupação e renda.
A súbita transição das aulas em presença para os contatos intermediados pelas tecnologias constitui experiência a analisar e, assim, obter dados para uma provável expansão da educação a distância, por meio de tecnologias da informação e comunicação. Com que vantagens e obstáculos se poderão contar? Quais as lições para outras experiências em que as tecnologias poderão contribuir para a democratização e a continuidade dos estudos?
Pesquisadoras(es) sêniores do Brasil, Federação Russa, México e Portugal associados à Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade atuaram em suas instituições de educação superior, aplicando o questionário aos estudantes, após a volta à educação presencial, traduzido e adaptado para várias culturas e efetuando a análise estatística dos resultados.
Este trabalho, uma pesquisa exploratória, além de enfatizar a mescla da razão e das emoções nos processos educativos, focaliza a situação da mulher, onerada durante a pandemia pelo trabalho doméstico, cuidado com filhas(os), alvo de violência doméstica e, em muitos casos, obrigada a deixar o seu trabalho. Embora Portugal e Federação Russa tenham características diferentes, em extensão, história e culturas, os resultados convergiram quanto à atitude positiva em relação à educação remota, aos problemas técnicos, psicológicos e educacionais enfrentados e da atitude positiva em face da volta à educação presencial.
O artigo e o projeto lançam luz para expandir a educação remota, considerando fatores emocionais, dificuldades de manejar equipamentos e programas que incidem sobre estudantes com menos privilégios, além dos próprios obstáculos de docentes e a situação da mulher na educação superior.
Para ler o artigo, acesse
VERAKSA, A., et al. How did women and men react to remote Education during the pandemic? The cases of Portugal and Russia. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação [online]. 2024, vol. 32, no. 123, e0244315 [viewed 07 August 2024]. https://doi.org/10.1590/S0104-40362024003204315. Available from: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/8ZD8Dt9nP9PKyyTrQRqzBWc/
Links externos
Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação – SciELO: https://www.scielo.br/j/ensaio/
Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação: Página Institucional
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