Vanessa Martines Cepellos, professora na Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
O texto “Feminização do envelhecimento: Um fenômeno multifacetado muito além dos números”, publicado na RAE-Revista de Administração de Empresas trata-se de uma Pensada a respeito do fenômeno da feminização do envelhecimento, o qual está geralmente atrelado ao fato de que há mais mulheres idosas em nosso país do que homens idosos. A projeção para a população global com 65 anos ou mais é a de que ela deverá dobrar para 1,5 bilhão em 2050, haja vista que havia 703 milhões de pessoas com essa idade no mundo em 2019 (United Nations, 2019). Com relação às mulheres com 65 anos ou mais, as projeções indicam que, em 2050, elas representarão 54% da população global (United Nations, 2019). No entanto o texto, a partir de um embasamento teórico, mostra o quanto este fenômeno vai além dos números.
A feminização do envelhecimento interessa ao contexto das organizações na medida em que muitas mulheres adentram ou permanecem no mercado de trabalho durante o processo de envelhecimento (Nascimento & Rabêlo, 2008). A ideia é mostrar o quanto mulheres idosas se mostram mais vulneráveis por diversas razões em comparação com os homens idosos, o que reforça a feminização do envelhecimento. Logo, o fenômeno não está atrelado somente a um aspecto quantitativo, mas também a um aspecto qualitativo de condições de vulnerabilidade dessas mulheres. Durante o texto é apresentado a constituição da feminização no envelhecimento, ou seja, como que esse conceito é desenvolvido, além disso, as feições de quem enfrenta, que tipo de mulher enfrenta os preconceitos com relação a idade e gênero, e nesse momento a gente verifica que são diversas mulheres, desde mulheres executivas, a mulheres empreendedoras, a mulheres acadêmicas e, ao final dessa análise, mostrando um pouco quais são as necessidades e quais estratégias de transformação dessas condições de trabalho para essas mulheres.
O texto revela a fragilidade dos gestores e fragilidade das organizações em olhar para esse público e mostra a necessidade então de estipular formas e práticas para que essas mulheres se sintam menos vulneráveis, sejam menos discriminadas e tenham mais possibilidades tanto de inserção, quanto de manutenção e ascensão dentro das organizações.
No vídeo a seguir a autora comenta um pouco mais sobre o assunto:
Referências
DO NASCIMENTO, A.J.R. and RABELO, F.E.C.R. Memória e envelhecimento: narrativas sobre questões de gênero e do mundo do trabalho. Sociedade e Cultura [online]. 2008, vol. 11, no. 2, pp. 333-342 [viewed 8 September 2021]. https://doi.org/10.5216/sec.v11i2.5291. Available from: https://www.revistas.ufg.br/fcs//article/view/5291
United Nations. Population ageing and development. 2012,. New York, USA.
United Nations. World population ageing. 2019, New York, USA.
Para ler o artigo, acesse
CEPELLOS, V.M. Feminização do envelhecimento: um fenômeno multifacetado muito além dos números. Rev. adm. empres. [online]. 2021, vol. 61, no. 2, e2019-0861 [viewed 8 September 2021]. https://doi.org/10.1590/S0034-759020210208. Available from: http://ref.scielo.org/wkyvd6
Links externos
RAE-Revista De Administração De Empresas – RAE: www.scielo.br/rae
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