Quem forma quem ensina?

Fabiane Santanta Previtali, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil

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Um levantamento inédito, com base nos microdados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), traçou o perfil dos(as) estudantes que ingressaram nos cursos de licenciatura em Minas Gerais entre os anos de 2011 e 2021, revelando dados importantes sobre quem está escolhendo seguir a carreira docente no Estado.

O estudo, intitulado Falando em formação docente: perfil dos estudantes de licenciaturas em Minas Gerais, de Thaís Cristina Figueiredo Rego, pesquisadora em nível de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia (PPGED/UFU) e Fabiane Santana Previtali, professora-orientadora do PPGED/UFU, foi publicado pelo periódico Educação em Revista e analisou aspectos como sexo, raça, cor, idade, tipo de escola de origem, modalidade de ensino, rede de ensino (pública ou privada) e outros indicadores socioeducacionais.

Montagem com uma fotografia de uma pessoa vestida com roupas sociais, segurando um livro, sobre um fundo emulando um quadro negro com fórmulas geométricas.

Imagem: Pixabay

Os resultados apontam tendências relevantes: somente uma minoria dos ingressantes no ensino superior brasileiro encontra-se nas licenciaturas. São, na maioria, oriundos da rede pública, estão na modalidade de Educação a Distância (EAD), na rede particular e matriculados no turno noturno. Declaram-se, na sua maioria, como pardos; do sexo feminino e com idade entre 18 e 24 anos.

As análises permitiram-nos perceber que, hoje, as licenciaturas não são atrativas, fato que pode ser explicado pela desvalorização do trabalho e da carreira docente na educação básica.

O artigo contribui para a compreensão do cenário atual da formação docente, sobretudo diante das transformações provocadas por políticas públicas recentes, a ampliação do ensino superior e a consolidação do modelo EAD no campo das licenciaturas. A análise também levanta questões sobre a valorização do magistério, as desigualdades no acesso à formação e o futuro da profissão docente.

O trabalho integra uma pesquisa mais ampla, de abrangência nacional e internacional, sobre o trabalho docente na Educação Básica sob o neoliberalismo gerencial-informacional. Sob a coordenação da professora Fabiane Previtali, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pode servir de subsídio para gestores públicos, pesquisadores da área da educação e movimentos em defesa da escola pública.

Para ler o artigo, acesse

REGO, T.C. and PREVITALI, F.S. Falando em formação docente: perfil dos estudantes de licenciaturas em Minas Gerais. Educação em Revista [online]. 2025, vol. 41, e48969 [viewed 16 June 2025]. https://doi.org/10.1590/0102-4698-48969. Available from: https://www.scielo.br/j/edur/a/wxJk9ByrQy5rCDrnGxKqcnf/

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Como citar este post [ISO 690/2010]:

PREVITALI, F.P. Quem forma quem ensina? [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2025 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2025/06/17/quem-forma-quem-ensina/

 

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