Matheus Ganiko-Dutra, Professor Adjunto do Centro de Ciências Humanas e da Educação, Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Cornélio Procópio, PR, Brasil
Kevin Luiz Lopes-Delphino, Mestrando do Programa de pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
Caio Augusto Martins Furtado, Mestrando em Letras, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Assis, SP, Brasil
A pesquisa Políticas editoriais: uma investigação de periódicos da área da educação por meio de análise documental, recém-publicada no periódico Educação em Revista (vol. 41, 2025), aborda as Políticas Editoriais (PE) em periódicos da área da Educação, um tema crucial para a identidade, qualidade e credibilidade na comunicação científica. O estudo, que analisou dados de websites de cinco periódicos, identificou uma grande variação na apresentação de suas informações.
Diante desse cenário, os pesquisadores propuseram uma definição para o termo “Políticas Editoriais”, buscando contribuir para a regulamentação e aprimoramento da publicação científica.
Realizada por Matheus Ganiko-Dutra (UENP), Kevin Luiz Lopes-Delphino (USP) e Caio Augusto Martins Furtado (Unesp), a pesquisa foi construída sob o paradigma interpretativo e abordagem qualitativa, com análise documental e temática dos sites dos periódicos, com apoio da Editora Ibero-Americana de Educação.
A motivação central foi a percepção de que, apesar da importância das Políticas Editoriais para o trabalho editorial, não havia um conceito específico, operacional e consensual para o termo. Pesquisas anteriores, embora importantes, frequentemente abordavam as PE de forma secundária ou com focos muito particulares.
A análise indicou que, embora elementos como foco, escopo e periodicidade sejam comumente divulgados pelos periódicos, há uma variação significativa e uma falta de consenso na forma como as informações são disponibilizadas e detalhadas nos websites dos periódicos. A sugestão do conceito triádico de políticas editoriais, fundamentado nas dimensões normativa (regras), técnica (operacionalização) e política (posicionamento do periódico), surge na tentativa de uniformizar a disposição desse conjunto de informações. Em termos práticos, essa definição integrada pode otimizar a gestão editorial, auxiliar na tomada de decisões e fortalecer a credibilidade dos periódicos, ajudando inclusive, a diferenciar práticas éticas de práticas predatórias.
A pesquisa salienta que a clareza e a transparência nas políticas editoriais são fundamentais para a reputação de um periódico e para o acompanhamento recíproco entre autores, leitores, editores e avaliadores. Diante dos desafios atuais, como o avanço da Inteligência Artificial e as discussões sobre Ciência Aberta, a profissionalização e o aprimoramento técnico dos editores podem ser cruciais para a sistematização do processo editorial e para garantir a qualidade e a integridade acadêmica. Em linhas gerais, o estudo contribui para a área da gestão de periódicos e sugere que futuras investigações validem o conceito proposto em uma amostra mais ampla e em outras áreas do conhecimento.
Para ler o artigo, acesse
DUTRA, M.G., LOPES-DELPHINO, K.L. and FURTADO, C.A.M. Políticas editoriais: uma investigação de periódicos da área da educação por meio de análise documental. Educação em Revista [online]. 2025, vol. 41, e53888 [viewed 25 July 2025]. https://doi.org/10.1590/0102-469853888. Available from: https://www.scielo.br/j/edur/a/rmNS8gCsXpf3KGvkxppvRFq
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