Marilia Nogueira dos Santos, editora executiva da Ensaio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
“La brecha de género en la educación tecnológica”, em português “Exclusão de gênero na educação tecnológica” é a contribuição dos professores espanhóis Rafael González-Palencia Jiménez, da Universidade de Castilla-La Mancha e Carmen Jiménez Fernández, catedrática da Universidade Nacional de Educación a Distancia (UNED), publicado no volume 24, número 92 de 2016 da Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, na seção Página Aberta. No artigo em questão, os autores apresentam a sua investigação com dados de sistemas educacionais e de áreas empresariais e chegam a conclusões que apesar de não serem tão inovadores, reforçam a necessidade de se olhar com mais atenção para a participação das mulheres na educação tecnológica.
Palencia Jiménez e Jiménez Fernández apontam que é evidente o risco de que nos próximos anos o progresso tecnológico e humano se veja dificultado por um viés de gênero profundo e estrutural, posto que as desigualdades de gênero estruturais em diversas áreas sociais e profissionais atuam como sinergias que impedem e dificultam as mulheres a entrar na inovação tecnológica e digital, campo particularmente do sexo masculino em que o progresso é vertiginoso.
Embora as novas gerações de mulheres estejam se tornando, de forma muito precoce utilizadoras de tecnologia, com porcentagens que ultrapassam a dos homens, a sua presença no estudo, concepção e desenvolvimento de tecnologias avançadas e de computação continua a ser minoritária, e sua taxa de crescimento nestas áreas é muito mais baixa do que em outras disciplinas científicas.
Os mecanismos criados para reverter esse processo de masculinização da tecnologia têm tido pouco sucesso. Os autores demonstram que sem os esforços de coordenação, autoavaliação de capacidade e maior profundidade ao projetar ações e programas para atrair as mulheres, dificilmente a exclusão de gênero vai ser resolvida. Neste sentido, a educação tecnológica das mulheres tem de rever algumas das suas propostas para reduzir o fosso tecnológico entre os sexos. Um primeiro passo parece já ter sido dado, ao se reconhecer o problema. No entanto, muito ainda precisa ser feito.
Convidamos todos, mulheres e homens, a lerem na íntegra o artigo em questão e a refletirem sobre outras possíveis soluções para o fim da exclusão de gênero na educação tecnológica que, obviamente, é apenas uma das exclusões contra as quais a mulher contemporânea tem que lutar.
Para ler o artigo, acesse
JIMENEZ, R. G. P. and FERNANDEZ, C. J. La brecha de género en la educación tecnológica. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. [online]. 2016, vol.24, n.92, pp.743-771. [viewed 26th August 2016]. ISSN 0104-4036. DOI: 10.1590/S0104-403620160003000010. Available from: http://ref.scielo.org/ctb3mg
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