Fernanda Cantarim, doutoranda no Programa de Gestão Urbana na Pontifícia Universidade Católica do Paraná e membro do corpo auxiliar da urbe, Curitiba, PR, Brasil
Manoela Massuchetto Jazar, doutoranda no Programa de Gestão Urbana na Pontifícia Universidade Católica do Paraná e membro do corpo auxiliar da urbe, Curitiba, PR, Brasil
Tharsila D. Fariniuk, doutoranda no Programa de Gestão Urbana na Pontifícia Universidade Católica do Paraná e membro do corpo auxiliar da urbe, Curitiba, PR, Brasil
A urbe: Revista Brasileira de Gestão Urbana vem sendo publicada de forma contínua há oito anos e durante essa trajetória foram diversos os desafios enfrentados pelo periódico. Em um cenário onde muitas produções científicas sofrem com a indisponibilidade de recursos, a urbe busca preencher uma importante lacuna no campo de estudos urbanos, em especial no Brasil e América Latina, que sofre com a baixa oferta de periódicos de qualidade e alto impacto.
A internacionalização é um dos principais objetivos para o futuro do periódico — a importância de promover a urbe resulta na expansão de seu conteúdo e em seu aprimoramento qualitativo. O idioma certamente é uma das principais barreiras que torna a interação científica em nível global um desafio. Tomando como exemplo o contexto acadêmico latino-americano, o diálogo entre os países que compartilham a língua hispânica é mais recorrente devido à facilidade de comunicação — enquanto que o Brasil, apesar de sua relevância na produção de conhecimento científico na América Latina, possui uma limitada interação com os demais países do continente. Com o propósito de diminuir esse obstáculo, a urbe aceita artigos em quatro idiomas (português, inglês, espanhol e francês) e sempre que possível incentiva o diálogo entre as pesquisas publicadas no periódico com o cenário global.
Apesar disso, a urbe tem consciência de seu papel regional e nacional e não pretende tornar-se um periódico integralmente publicado em inglês. As parcerias internacionais são e continuarão sendo, em expansão, a grande aposta da urbe para ampliar seus impactos fora do Brasil e passar a fazer parte de outros indexadores, como o ISI of Web, por exemplo. Uma das metas da publicação é realizar ao menos uma edição especial internacional ao ano (das três regulares quadrimestrais), e talvez expandir com o uso de edições suplementares, quando for o caso. Uma outra alternativa seria mesclar com frequência artigos de vários idiomas em todas as edições (sendo principalmente português, inglês e espanhol), fazendo com que no futuro todos os números do periódico despertem o interesse de leitores brasileiros e estrangeiros com a mesma intensidade e regularidade, pois estes saberão que todas as edições poderão conter artigos publicados em idiomas de seus repertórios.
O processo final de editoração e publicação é também desafiador, especialmente no que diz respeito a dar vazão ao elevado número de artigos selecionados. Quanto ao tempo de avaliação, tem-se a busca constante pelo aprimoramento dos fluxos já praticados pela urbe (77 dias), com o trabalho dividido entre editores e técnicos editoriais bolsistas, e o melhor desenvolvimento dos recursos do ScholarOne, com auxílio do SciELO e seus cursos de atualização. Em se tratando do tempo de publicação, o gargalo reside no trabalho de produção das editoras, e depende de sustentabilidade financeira para a terceirização de serviços. A urbe não vislumbra possibilidades de cobrança de autores ou leitores, e deseja permanecer 100% aberta e gratuita. A constante busca de recursos em editais públicos será uma das estratégias para agilizar o processo de produção e ampliar a quantidade de artigos publicados no regime Ahead of Print.
A profissionalização é mais um dos desafios enfrentados pela urbe; contando atualmente com a participação de alunos bolsistas de doutorado do Programa de Pós-graduação em Gestão Urbana (PPGTU/PUCPR), que auxiliam em diversas etapas do processo de elaboração das edições; manutenção das mídias sociais e na eventual produção de materiais de divulgação. Desde de sua criação, diversos alunos participaram ativamente em funções relacionadas à urbe, com destaque para: Débora Follador; Fernanda Cantarim; Manoela Massuchetto Jazar; Paulo Nascimento Neto; e Tharsila Dallabona Fariniuk. Profissionalizar o trabalho de editoração significa ter editores e equipes técnicas que possam se dedicar parcial ou integralmente à revista com reconhecimento de suas instituições, para que o trabalho já realizado não seja considerado apenas como tarefa adicional.
Atualmente, bolsistas e editores mantém uma parceria em que o ganho ocorre dos dois lados dessa relação. Os bolsistas entram em contato direto com detalhes do processo de divulgação científica e publicação que do contrário nunca ocorreria, e têm inúmeros ganhos de aprendizado e experiência com este lado do fazer ciência. A urbe ganha na eficiência do trabalho e no compartilhamento das tarefas entre editores, membros do corpo editorial e os próprios bolsistas. A intenção é continuar investindo nessa parceria e consolidar o fluxo de entrada e saída de bolsistas de doutorado, respeitando seus próprios ciclos de exigências nas pesquisas.
A maioria das universidades do Brasil não realiza este tipo de reconhecimento formal. A PUCPR valoriza seus periódicos e anunciou recentemente a publicação de políticas institucionais para editoração científica, com vários incentivos profissionais aos editores e regulamentação do papel de bolsistas e colaboradores.
Para ler os artigos, acesse
urbe, Rev. Bras. Gest. Urbana vol.9 no.3 Curitiba Sept./Dec. 2017
Links externos
urbe: Revista Brasileira de Gestão Urbana – URBE: www.scielo.br/urbe
Facebook da urbe: https://www.facebook.com/Revista-Urbe-542269092554837/
Canal de YouTube da urbe: https://www.youtube.com/channel/UCpS_AbnvUS7wb-jVBshmwmQ
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