Catarina Barbieri, editora-chefe da Revista Direito GV, São Paulo, SP, Brasil
Cristine Prestes, assessora de Desenvolvimento Estratégico da FGV Direito SP, São Paulo, SP, Brasil
Juliana Silva Pasqua e Leila Giovana Izidoro, assistentes editoriais da Revista Direito GV, São Paulo, SP, Brasil
Métodos e abordagens próprios da pesquisa em programas de mestrado profissional em direito são o tema do artigo do professor Mario Engler Pinto Junior, publicado na Revista Direito GV (PINTO JUNIOR, 2018). Engler é procurador aposentado do Estado de São Paulo e leciona nos cursos de graduação e pós-graduação da FGV Direito SP, além de realizar pesquisas sobre arranjos contratuais e societários nos setores público e privado. Coordenador do Programa de Mestrado Profissional da FGV Direito SP, o professor também trabalha com as especificidades metodológicas da pesquisa neste âmbito, recolhendo daí as reflexões presentes no artigo “Pesquisa jurídica no mestrado profissional”. Foi este o assunto da entrevista concedida por ele à editora-chefe da Revista Direito GV, Catarina Cortada Barbieri, gravada com o apoio da Ponto Dois Vídeo Produtora.
Na entrevista, o professor Engler aponta algumas das características próprias da pesquisa jurídica desenvolvida no mestrado profissional descritas em seu artigo, que trata dos métodos que podem ser utilizados e discute como abordagens teóricas e práticas podem ser combinadas nesse tipo de estudo. As explicações trazidas pelo texto permitem uma avaliação sobre a medida em que esse tipo de pesquisa se afasta ou se aproxima das abordagens tradicionais feitas em pesquisas acadêmicas (LIMA; BAPTISTA, 2013, p. 13).
O texto de Engler também aborda o rigor acadêmico necessário a tais pesquisas, discutindo quais os passos básicos que devem ser percorridos pelos pesquisadores nessa área, a fim de aliar sua experiência prática com suas pesquisas teóricas (STEPHEN, 2007, p. 10-12). Por fim, o autor ressalta também que a pesquisa em programas de mestrado profissional se direciona primordialmente à resolução de problemas práticos ou estudos de casos, explicando como se estrutura cada um desses tipos de trabalho. Engler também traz o conceito de empiria pervasiva (LOPUCKI, p. 5), que pressupõe uma compreensão da realidade na medida do necessário para permitir a reflexão jurídica devidamente conectada com a realidade das práticas jurídicas, fugindo da produção doutrinária num plano puramente abstrato e conceitual. E, como resultado da pesquisa profissional, o professor aponta que um artigo científico tem a extensão e estrutura adequadas para a exposição dos resultados ao invés de um texto mais longo como uma dissertação.
Para assistir a entrevista na íntegra acesse o link abaixo
Referências
LIMA, Roberto Kant; BAPTISTA, Bárbara Gomes Luppeti. Como a antropologia pode contribuir com a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico. Anuário antropológico/2013, Brasília, v. 39, n. 1, p. 9-37, 2014. Disponível em: http://www.dan.unb.br/images/pdf/anuario_antropologico/
LOPUCKI, Lynn. Disciplining legal scholarship. Tulane Law Review, v. 90 n.1, p. 1-34, 2015. Avaliable from: http://www.tulanelawreview.org/90-1-lopucki/
STEPHEN, Smith. Contract theory. Oxford: Oxford University Press, 2007.
Para ler o artigo, acesse
PINTO JUNIOR, M. E. Pesquisa jurídica no mestrado profissional. Rev. direito GV [online]. 2018, vol.14, n.1, pp.27-48. [viewed 11 July 2018]. ISSN 2317-6172. DOI: 10.1590/2317-6172201802. Available from: http://ref.scielo.org/jjhbjh
Link externo
Revista Direito GV – RDGV: www.scielo.br/rdgv
Sobre Catarina Helena Cortada Barbieri
Editora-chefe da Revista Direito GV, coordenadora adjunta de publicações e professora de filosofia política, ética e teoria do direito na FGV Direito SP. Doutora em Direito (área de concentração Filosofia e Teoria Geral do Direito) pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
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