Por Gabriela Silveira, Psicologia: Ciência e Profissão, Estagiária. Thayse Dantas, Analista Técnica, Gerência Técnica do Conselho Federal de Psicologia. Brasília, DF, Brasil
Cristineide Leandro-França e Sheila Giardini Murta discutem a concepção do envelhecimento nos dias atuais no ensaio “Prevenção e promoção da saúde mental no envelhecimento: conceitos e intervenções” publicado no periódico Psicologia: Ciência e Profissão do Conselho Federal de Psicologia. O manuscrito aborda o envelhecimento como processo que deve ser vivenciado com autonomia, respeito e preservação dos direitos, pois intervenções de prevenção a transtornos mentais em idosos são ações ainda pouco discutidas na literatura, porém, de grande utilidade quando se trata da redução de riscos e descoberta precoce referente ao surgimento de transtornos como depressão, ansiedade e até suicídio. Essas ações preventivas referem-se à adequação de procedimentos diagnósticos, medicação correta, psicoterapia e capacitação de profissionais envolvidos com esse público. As intervenções de promoção à saúde são utilizadas com maior frequência pelos idosos, sendo essenciais no desenvolvimento de habilidades como capacitação, autonomia e autoeficácia. Os autores ressaltam a importância da inclusão de ações intersetoriais nas agendas políticas e de pesquisa, a partir de contribuições da sociedade, famílias, estado, ciência e profissionais das diversas áreas em saúde, por meio de práticas que visam prevenção, incluindo o uso de estratégias breves e da tecnologia.
Políticas Públicas com o intuito de promover um envelhecimento saudável estão sendo discutidas no cenário internacional, como o Plano Internacional de Ação sobre o Envelhecimento (PIAE), aprovado em Madrid, pelos países membros da Organização das Nações Unidas (Organização Mundial da Saúde, 2002). Nesse documento, estão presentes alternativas de inclusão do envelhecimento na agenda do desenvolvimento do século XXI, considerando-se que atualmente as ações de prevenção, promoção e assistência tem abrangido em maior número o público materno-infantil e jovem.
Em relação às estratégias de intervenções que visam prevenir transtornos mentais em idosos, cabe ressaltar a deficiência no uso da tecnologia e recursos computadorizados nas ações destinadas a eles, como por exemplo, programas de computador e internet. Embora ocorra essa carência, resultados de uma pesquisa realizada por Zou et. al. (2012) apresentam os benefícios que o uso da tecnologia pode trazer para prevenir a doença mental em idosos.
Percebe-se urgência em romper com paradigmas ultrapassados de concepções da velhice, visando que o idoso seja, de fato, inserido na agenda sobre ações de prevenção e promoção à saúde mental.
Para ler o artigo, acesse:
LEANDRO-FRANCA, C. and GIARDINI MURTA, S. Prevenção e promoção da saúde mental no envelhecimento: conceitos e intervenções. Psicol. cienc. prof. [online]. 2014, vol. 34, nº 2, pp. 318-329. [viewed December 9th 2014]. ISSN 1414-9893. DOI: 10.1590/1982-3703001152013. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932014000200005&lng=en&nrm=iso.
Link externo:
Psicologia: Ciência e Profissão – http://www.scielo.br/pcp/
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