Por que os homens não são vistos como sujeitos das políticas de saúde?

Alberto Mesaque Martins, bolsista de Apoio Técnico, e Celina Maria Modena, pesquisadora visitante, Belo Horizonte, MG, Brasil

tes_logoEstudo publicado no periódico Trabalho, Educação e Saúde, volume 14, número 2, de 2016, desenvolvido por equipe de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Minas), discute como as questões de gênero interferem nos modos de pensar, sentir e agir de uma equipe multidisciplinar em oncologia que atua junto a homens com câncer. Os autores do artigo “Estereótipos de gênero na assistência ao homem com câncer: desafios para a integralidade”, Alberto Martins e Celina Modena, entrevistaram trabalhadores com diferentes formações e que atuam em um hospital, referência em oncologia, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Durante o estudo, observou-se que, para os profissionais de saúde, os homens ainda são percebidos como um grupo resistente às ações de cuidado. Esses modos de pensar parecem contribuir para um maior número de ações das equipes voltadas para as necessidades das mulheres e o não reconhecimento dos homens como sujeitos das políticas de saúde e ações assistenciais.

Em geral, os entrevistados recorriam a explicações de caráter biológico ou sociocultural de modo a justificar as dificuldades do trabalho com o público masculino, favorecendo a culpabilização dos homens pelo próprio distanciamento. Aspectos relacionados à organização do serviço foram pouco abordados pelos profissionais.

Também se constatou o desconhecimento dos profissionais acerca da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem e a necessidade de construção de estratégias de educação permanente que formem as equipes para atuação junto ao público masculino, considerando suas especificidades e as questões de gênero.

O artigo contribui para o debate contemporâneo acerca da influência das questões de gênero no trabalho em saúde e destaca também os desafios que ainda persistem na atuação junto ao público masculino com câncer.

Para ler o artigo, acesse

MARTINS, A. M. and MODENA, C. Maria. Estereótipos de gênero na assistência ao homem com câncer: desafios para a integralidade. Trab. educ. saúde [online]. 2016, vol.14, n.2, pp.399-420. [viewedth 16 June 2016]. ISSN 1678-1007. DOI: 10.1590/1981-7746-sip00110. Available from: http://ref.scielo.org/rs9w53

Link externo

Trabalho, Educação e Saúde – TES: www.scielo.br/tes

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

MARTINS, A. M. Por que os homens não são vistos como sujeitos das políticas de saúde? [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2016 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2016/06/27/por-que-os-homens-nao-sao-vistos-como-sujeitos-das-politicas-de-saude/

 

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Post Navigation