Danyella da Silva Barreto, Professora do Departamento de Promoção à Saúde, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil
A expansão da atenção básica no Brasil tem como um dos seus limitadores o déficit de médicos com formação para atuar nas Unidades Básicas o que demandou ações de provimento emergencial com a vinda de milhares de médicos estrangeiros através do Programa Mais Médicos (PMM). O PMM apresenta em sua concepção um eixo que visa reverter este déficit a partir da ampliação de vagas de graduação em medicina e da universalização do acesso para a residência médica, especialmente através da expansão da Residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC)(BRASIL, 2015). Após cinco anos do PMM, observa-se que a expansão de vagas de residência em MFC foi inferior as metas estabelecidas pelo programa e que cerca de 2/3 das vagas existentes estão ociosas, revelando a baixa atratividade da especialidade em âmbito nacional.
Na contramão do ocorrido nacionalmente, em artigo “Programa Mais Médicos e residências de medicina de família e comunidade: estratégias articuladas de ampliação e interiorização da formação médica”, publicado no periódico Interface – Comunicação, Saúde, Educação (v. 23, supl. 1), autores descrevem a trajetória do processo de expansão de vagas da residência de Medicina de Família e Comunidade na Paraíba e a forma como as medidas de indução nacional a partir do PMM foram utilizadas no estado para garantir esta expansão e a ocupação das vagas.
Destaca-se a análise das estratégias de articulação entre universidades e gestores do SUS no estado que possibilitaram quintuplicar as vagas, expandir a residência para 24 municípios e garantir uma taxa de ocupação 2,5 vezes maior que a taxa nacional. Segundo Danyella Barreto, “este estudo demonstra que é possível ampliar e interiorizar vagas de residência de Medicina de Família e Comunidade e que a articulação entre universidades e gestores do SUS é um dos pontos mais importantes para o êxito desta expansão.”
Referência
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Programa mais médicos – dois anos: mais saúde para os brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
Para ler o artigo, acesse
BARRETO, D. da S. et al. Programa Mais Médicos e residências de Medicina de Família e Comunidade: estratégias articuladas de ampliação e interiorização da formação médica. Interface (Botucatu), v. 23, suppl. 1, e180032, 2019. ISSN: 1414-3283 [viewed 3 June 2019]. DOI: 10.1590/interface.180032. Available from: http://ref.scielo.org/3rrngd
Link externo
Interface – Comunicação, Saúde, Educação – ICSE: www.scielo.br/icse
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