Profa. Dra. Aline Sommerhalder, pós-doutora em Educação pela UniRoma 3 (Itália) e doutora em Educação Escolar, Docente do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Diretora do Cfei.
Profa. Dra. Eveline Tonelotto Barbosa Pott, doutora em Psicologia, pós-doutora pelo Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas da UFSCar, membro do Cfei.
Profa. Dra. Concetta La Rocca, professora associada do Dipartimento di Scienze della Formazione, Università Degli Studi Roma Tre, Roma, Itália.
O estudo internacional A educação infantil em tempo de SARS-CoV-2: a (re)organização dos fazeres docentes trata da problemática da “didática à distância” na educação infantil (ANPED, 2020), mediante a pandemia pelo SARS-CoV-2 (Covid-19). O presente termo foi assumido de forma nacional na Itália e, no Brasil a terminologia foi plural, sendo uma delas o atendimento não presencial na educação infantil.
Considerando a perspectiva dos/as profissionais desta etapa educativa, o estudo assumiu como objeto investigativo alguns elementos da organização pedagógica: objetivos ou intencionalidades educacionais, recursos, tempo e estratégias. Estes elementos foram investigados no contexto da implementação do atendimento não presencial nas instituições de educação infantil. Com 44 questões, o questionário aplicado via rede de internet permitiu evidenciar, dentre outros aspectos, a intensidade do uso de algumas ferramentas de comunicação e que foram assumidas como mediadoras didáticas.
Dentre as intenções pedagógicas, foi destaque a permanência viva da memória da rotina escolar e das relações afetivas com as professoras. Houve, com isso, um redesenho dos fazeres docentes no que tange à organização pedagógica, incluindo adaptação de materiais para distribuição de forma impressa para aquelas crianças sem acesso às tecnologias.
Evidenciou ainda que a tarefa de organização pedagógica para esse atendimento não presencial mostrou-se desafiadora e exigente às profissionais, especialmente pela ausência, para muitas, de uma formação específica para uso de tecnologias na educação infantil. As próprias experiências cotidianas anteriores com essas tecnologias foram a âncora de sustentação. Os resultados permitem refletir sobre uma possível pausa ou mesmo retrocesso vivido no âmbito das especificidades do trabalho na educação infantil, da função social assumida e dos direitos de aprendizagem das crianças.
Referências
ANPED Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Manifesto ANPEd: educação a distância na educação infantil, não! Rio de Janeiro: ANPEd, 2020 [viewed 18 August 2022]. Available from: http://www.anped.org.br/news/manifesto-anped-educacao-distancia-na-educacao-infantil-nao
Para ler o artigo, acesse
SOMMERHALDER, A., POTT, E.T.B. and ROCCA, C.L. A educação infantil em tempo de SARS-CoV-2: a (re)organização dos fazeres docentes. Educ. Pesqui. [online]. 2022, vol. 48, e254817 [viewed 18 August 2022].https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248254817por. Available from: https://www.scielo.br/j/ep/a/6NfLcVzLYVDVrz769stztVx/
Links externos
Educação e Pesquisa – EP: https://www.scielo.br/j/ep/
Educação e Pesquisa – Revista da Faculdade de Educação da USP: http://www.educacaoepesquisa.fe.usp.br/
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