Ana Luiza Silva Oliveira, Linceu Editorial, São José dos Campos, SP, Brasil.
Mariana Silva Oliveira, Linceu Editorial, São José dos Campos, SP, Brasil.
Motivado pela questão da diversidade de gênero, orientação sexual e racial na grade dos cursos de psicodrama, o artigo Escola da anarquia: psicodrama e letramento LGBTQIA+ e racial, publicado na Revista Brasileira de Psicodrama (vol. 32, 2024), utilizou a própria técnica psicodramática para repensar a formação dos psicodramatistas e as contribuições desse método.
Publicada em 2024, esta pesquisa é um estudo de caso de um sociopsicodrama realizado por Laura de Souza Zingra Vomero e Maria da Penha Nery. Pesquisadoras da área de psicodrama, ambas perceberam uma lacuna na formação desse profissional no que tange às temáticas relacionadas à comunidade LGBTQIA+. Nesse sentido, os aspectos ético-políticos e a busca por integração social impulsionaram a pesquisa.
A vivência, conduzida por Laura Vomero, integrou a II Imersão Viver em Relação, oferecida pela escola Viver Mais Psicologia, em Tubarão, Santa Catarina. Para sua realização, contou com um grupo diverso de 15 alunos de psicodrama e sistêmica. A prática se iniciou com um aquecimento inespecífico, seguida por aquecimento específico e construção das cenas sobre a temática “Inclusão LGBTQIA+ na formação profissional”.
A partir disso, os integrantes compartilharam reflexões sobre minorias e relações de poder, nas quais se destacaram a união entre os propósitos terapêuticos e pedagógicos do sociopsicodrama.
Com o intuito de ressaltar o papel do pensamento psicodramático no fomento à espontaneidade e questionamento das conservas culturais, as autoras defendem o diálogo com a Escola da Anarquia no sentido de que essa teoria seja uma ferramenta social e política poderosa para promover a inclusão.
Ao final do encontro, percebeu-se que os participantes estavam mais conscientes da importância de reformular as grades curriculares para promover uma prática mais inclusiva e sensível à multiplicidade existencial.
Assim como Freire (1979), as autoras enfatizam a necessidade do engajamento do sujeito como protagonista de transformações. Nessa lógica, há o convite para que os profissionais da área se comprometam a atuar como agentes de mudança, buscando conhecimento e promoção da diversidade.
Para ler o artigo, acesse
VOMERO, Z.S.L. and NERY, P.M. Escola da anarquia: psicodrama e letramento LGBTQIA+ e racial. Revista Brasileira de Psicodrama [online]. 2024, vol. 32, e0824 [viewed 13 February 2025]. https://doi.org/10.1590/psicodrama.v32.660. Available from: https://www.scielo.br/j/psicodrama/a/yWbh5yhCxN3MftxpCHzWFSG/
Referências
FREIRE, P. Conscientização: Teoria e Prática da Libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979
Links externos
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