Internacionalização da RAE

Por Eduardo Diniz

O processo de internacionalização da RAE continua avançando com bastante consistência. Após termos lançado a versão trilíngue do sistema de submissão, em 2009, começamos a receber artigos de autores estrangeiros, que, antes, tinham que dominar o português para tentar uma publicação na RAE. Em 2010, a situação não foi muito diferente, mas algumas submissões espontâneas vindas da América Latina e países Ibéricos apontavam que tínhamos espaço para ampliar nossa visibilidade para além do território brasileiro, onde continuávamos com forte prestígio, devido, particularmente, à melhoria obtida nos prazos de avaliação.

Em 2011, comemoramos o índice de 7% de submissões estrangeiras, medido pelo número de artigos enviados para publicação na RAE. Esse número deu um salto significativo em 2012, atingindo a marca de 15% no ano, feito impulsionado a partir do segundo semestre, após aparecermos, pela primeira vez, entre os periódicos com fator de impacto na lista do Journal Citations Report (JCR). Conseguimos um avanço importante, mas necessitávamos articular ações que permitissem a consolidação desse processo. Foi quando começamos a anunciar chamadas de trabalho coordenadas por comitês compostos por pesquisadores internacionais, que se encarregaram de divulgar a RAE em suas redes fora do País.

Os levantamentos feitos em 2013 indicam a consolidação do patamar de submissões internacionais. Dos 400 artigos avaliados no desk review, 23% vieram de 147 autores afiliados a 73 instituições internacionais. Os artigos internacionais avaliados nesta etapa (92) tiveram presença marcante de espanhóis, portugueses e latino americanos. O aumento da submissão de artigos internacionais já está impactando o perfil de publicações internacionais da RAE: se em 2013, 13% dos artigos publicados na RAE eram de autores de instituições internacionais, em 2014, espera-se que este número seja ainda maior. Apesar de ainda ser um periódico majoritariamente brasileiro, a RAE claramente se apresenta cada vez mais, como uma alternativa de publicação para autores de outros países, o que contribui tanto para dar visibilidade a seus trabalhos no Brasil quanto para aumentar a exposição de pesquisas brasileiras para além de nossas fronteiras.

O gráfico a seguir mostra a evolução do número de autores estrangeiros que tem submetido artigos à RAE nos últimos anos.

gráfico RAE

As informações deste texto foram retiradas dos Editoriais da RAE-Revista de Administração de Empresas 53(6)2013, p. 525, e 54(1)2014, p. 3, escritos por Eduardo Diniz, editor chefe do periódico.

 

Links relacionados

DINIZ, Eduardo. Editorial. Rev. adm. empres. [online]. 2013, vol.53, n.6 [citado  2014-02-28], pp. 527-527. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902013000600001&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0034-7590.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-759020130601.

DINIZ, Eduardo. Editorial. Rev. adm. empres., Fev 2014, vol.54, no.1, pp. 3-3. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902014000100001&lng=en&nrm=iso

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

Internacionalização da RAE [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2014 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2014/03/10/internacionalizacao-da-rae/

 

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