Rafael Nogueira Costa, Professor do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (NUPEM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Macaé, RJ, Brasil
Carlos José Saldanha Machado, Pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/Ministério da Saúde) e Professor do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPG-MA/UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
A pesquisa é resultado do trabalho de campo realizado pelo Professor Rafael Nogueira Costa do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (NUPEM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) durante o seu doutoramento em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Muito se tem dito sobre Educação Ambiental, suas tendências epistemológicas e sua construção como campo científico e pedagógico no Brasil e no Mundo. A novidade da pesquisa foi a análise do processo de implementação das ações de Educação Ambiental no licenciamento ambiental de petróleo, identificando os atores envolvidos, os discursos e as suas práticas.
A pesquisa foi realizada entre 2012 e 2014 no Município de Macaé intitulado “Capital do Petróleo” e localizado no norte do Rio de Janeiro. Os resultados foram publicados no artigo “A vulnerabilidade socioambiental na educação ambiental praticada no âmbito do licenciamento federal em Macaé (RJ)” do volume 20, número 1, da Revista Ambiente e Sociedade em 2017.
A proposta deste trabalho é compreender como o Estado e as empresas exploradoras de petróleo atuam nos locais no qual a lógica econômica passa a imperar, pois:
“Os espaços institucionalizados para “práticas pedagógicas no licenciamento” funcionam como um verdadeiro palco para a compreensão acerca da forma como o Estado opera e a maneira como as empresas e os agentes locais fazem valer seus interesses sobre um bem difuso (o ambiente) e sobre o bem-estar das comunidades” (COSTA; MACHADO, 2017, p. 138).
Ao observar as práticas educativas executadas pelas operadoras de petróleo na Bacia de Campos, os pesquisadores dividiram as iniciativas em três principais ações: i) socialização do poder (ampla utilização das expressões “empoderamento” e “participação” com o propósito de valorizar a formação crítica e política dos indivíduos definidos como “público alvo”); ii) mobilização dos grupos afetados (identificação de grupos e/ou indivíduos caracterizados como afetados pelos empreendimentos com o propósito de “emancipação” dos participantes) e iii) valorização da cultura local (resgatar determinados modos de existência, como a pesca artesanal).
Os pesquisadores encontraram distorções entre a teoria e a prática, gerando propostas não condizentes com os objetivos dos grupos locais, consequentemente, ocasionando dificuldades em relação a participação dos indivíduos envolvidos em distintas fases do processo de Educação Ambiental.
Para ler o artigo, acesse
COSTA, R. N. and MACHADO, C. J. S. Social and environmental vulnerability in environmental education practiced within the federal licensing in Macaé (Rio de Janeiro, Brazil). Ambient. soc. [online]. 2017, vol.20, n.1, pp.127-146. [viewed 17 August 2017]. ISSN 1414-753X. DOI: 10.1590/1809-4422asoc20150057v2012017. Available from: http://ref.scielo.org/vxgsdc
Links externos
Ambiente & Sociedade: www.scielo.br/asoc
Nupem/UFRJ: http://www.macae.ufrj.br/nupem/
Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente: http://www.ppgmeioambiente.uerj.br/
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