Daiane de Souza Alves, Assistente de Comunicação da Revista Almanack, Doutoranda em História na UFOP, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Nos próximos anos, vários espaços na América Latina irão comemorar 200 anos de suas independências. Para refletir sobre o momento histórico americano escolhemos três eixos para debate. O primeiro é político e nos coloca na ordem dos acontecimentos: a declaração de independência. Para melhor compreender o que aconteceu, é também necessário, em segundo lugar, entender a guerra em uma perspectiva social, um cenário que mobilizou os homens e construiu identidades ao longo do século XIX. Finalmente, a guerra, como um vetor de politização, explica a construção e consolidação dos Estados Nacionais e suas geografias ao fim do oitocentos.
Assim, demos início a este ciclo de Fóruns discutindo as Independências americanas da década de 1820 em evento ocorrido em outubro de 2020 https://www.youtube.com/watch?v=YJ4x9w0e_Xo.
Agora daremos continuidade com a segunda rodada de debates explorando a Guerra e os conflitos territoriais como construtores de identidades nacionais. Para este segundo Fórum organizamos três mesas a partir dos seguintes temas: 1- Mobilização e Guerras de Independências; 2 – Mobilização e Construção do Estado Brasileiro; 3 – Representações das Guerras de Independências.
Confira a programação oficial do evento:
28/04
Mesa 1: Mobilização e guerra de independência
Marcela Echeverri (Yale University – USA)
Título: La esclavitud y su abolición en las independencias Hispanoamericanas. Un análisis desde el caso de Colombia
En esta presentación estudio la abolición de la esclavitud en Hispanoamérica a comienzos del siglo XIX, con énfasis en el caso colombiano, ilustrando las tensiones que implicó el proyecto abolicionista en dos niveles regionales: en el de formación del estado (gran) colombiano y en el establecimiento de relaciones diplomáticas hemisféricas. En el primer sentido la investigación reflexiona sobre las relaciones entre el proyecto de abolición gradual, las guerras civiles y el federalismo. En el segundo aspecto el trabajo revela el lugar de vanguardia que tuvo Colombia en el abolicionismo atlántico, poniendo el caso en relación con otras experiencias previas y simultáneas, tanto en Hispanoamérica como en Estados Unidos, Haití, Brasil y el imperio británico.
Alejandro Rabinovich (UNLPam – Argentina)
Título: Pensar la movilización militar durante las revoluciones. Del mito nacional a las realidades regionales.
Desde las proclamas contemporáneas hasta los manuales escolares, pasando por buena parte de las historiografías nacionales, la problemática de los ejércitos revolucionarios fue siempre pensada desde una perspectiva nacional que concordaba más con los proyectos de ciertas elites que con las realidades concretas en el terreno. Así, los actores principales de las campañas revolucionarias fueron concebidos como representativos del conjunto de las nuevas naciones, cuando en la práctica su reclutamiento fue casi siempre muy acotado regionalmente. Dar cuenta de este dato, demostrable cuantitativamente, permite replantear los intereses, lealtades y motivaciones tanto de la oficialidad como de la tropa, y comprender mejor el resultado de buena parte de la guerra.
29/04
Mesa 2: Mobilização e construção do estado brasileiro
Adriana Barreto (UFRuralRJ – Brasil)
Título: Quem eram os militares patriotas? mobilização, carreira e luta contra a escravidão política (Rio de Janeiro, 1821-1822)
Tradicionalmente, a historiografia tratou a independência do Brasil como resultado de uma grande negociação palaciana, contrapondo, inclusive, o que se passou aqui com as acirradas guerras da América hispânica. Essa interpretação hoje já não é predominante. Várias pesquisas têm mostrado o envolvimento de setores mais amplos da população que, para se fazerem ouvir, ocuparam praças e ruas das cidades. Todavia, há um sujeito coletivo que ainda precisa ser melhor compreendido, especialmente no caso do Rio de Janeiro: os militares, também identificados como o “Exército de d. Pedro”. Daí a pergunta: quem eram os militares patriotas? A intenção é mapear instituições, disputas, conflitos e expectativas desses homens que se engajaram militarmente na causa da independência.
André Machado (Unifesp – Brasil)
Título: O acordo impossível: o papel das guerras na independência e na definição do Estado no Império do Brasil (1822-25)
Ao contrário do que frequentemente se propaga, inclusive na historiografia, a independência e a manutenção territorial do Império do Brasil não tem como se explicar como um “acordo entre as elites”. De um lado, o artigo pretende mostrar que isso não era possível porque estes interesses eram heterogêneos, tanto de província para província, cada qual com variadas formas de reprodução da vida social, assim como no interior de cada província. Uma evidência disso é que a Corte teve especial preocupação em formar uma expressiva força militar, recrutando vários mercenários estrangeiros, alguns deles de renome internacional como Cochrane. Para além disso, as guerras de independência não se resumiam a estar sob a órbita do Rio de Janeiro ou Lisboa: ao contrário, muitas vezes a grande questão é a definição do tipo de Estado que está sendo construído: mais liberal e com mais direitos, ou mais conservador. É especialmente a possibilidade de vislumbrar a independência como uma revolução que magnetiza os grupos marginalizados e prorroga os conflitos para muito tempo depois da coroação de D. Pedro I.
30/04
Mesa 2: Representações das guerras de independência
Rodrigo Moreno Gutiérrez (UNAM – México)
Título: La cultura de guerra de las independencias hispanoamericanas. Reflexiones a partir del caso novohispano/mexicano
La intervención propone presentar elementos para discutir algunas de las transformaciones y los impactos generados por la guerra en Hispanoamérica y concretamente en la Nueva España en el contexto de las revoluciones independentistas. La propuesta busca problematizar organizaciones, movilizaciones, mecanismos y representaciones que se fueron estructurando en los ámbitos comunitarios y regionales como respuesta y en conjugación con las diversas formas de guerra y la canalización de sus correspondientes experiencias en el conflicto desatado entre 1810 y 1821.
Alejandro Gómez – Pernia (Université Sorbonne Nouvelle, Paris)
Título: Anti-esclavismo y guerras revolucionarias: una perspectiva gran caribeña (Univ-Paris 3, França)
La Era de las Revoluciones se solapa con otra cronología fundamental: la Era de las aboliciones de la esclavitud. La presencia de esclavos en muchos espacios gran caribeños (desde el Río de la Plata hasta Quebec), afectaron las pugnas por mantener o poner fin a esa institución servil. Muchos esclavos se unieron a los cuerpos militares de las distintas potencias coloniales en conflicto, tanto por invitación u obligación como por iniciativa propia, afectando así la tipología de los conflictos revolucionarios y de independencia coloniales. Esta intervención expondrá algunos de esos casos, buscando mostrar pistas para futuras investigaciones.
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