Priscila da Silva Soares, Mestranda em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Acre (IFAC), Assistente Social no IFAC, Rio Branco, Acre, Brasil.
Cledir de Araújo Amaral, Docente do Programa de Pós-graduação em Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica do Instituto Federal do Acre (IFAC), Rio Branco, Acre, Brasil.
Na sociedade contemporânea, muito tem se discutido sobre a concepção de uma educação cidadã que se afaste de modelos pedagógicos padronizados e excludentes, em favor de um ambiente de aprendizagens colaborativas e interativas que considerem todos os integrantes da escola como protagonistas do processo educativo. O entendimento desse conceito implica na reflexão sobre a nova função social da escola e, por consequência, sobre a nova função pedagógica de seus profissionais (BRASIL, 2004).
Dessa forma, a assistência estudantil, inicialmente constituída para prover apoio aos estudantes em situação de vulnerabilidade – especialmente aqueles oriundos de outras localidades para sua permanência nas instituições de ensino superior públicas – , atualmente recebem novas atribuições de modo a contribuir para o processo educacional numa perspectiva de formação integral.
Nesse sentido, o artigo Assistência estudantil no processo educacional: possibilidades de atuação trata sobre o papel dos técnicos da Assistência Estudantil no contexto educacional formal numa perspectiva da multidimensionalidade do sujeito. Os achados foram decorrentes de uma revisão bibliográfica e pesquisa documental realizadas no ano de 2020 como parte da pesquisa de mestrado do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional e Tecnológica do Instituto Federal do Acre (ProfEPT/Ifac).
Os autores são servidores do Instituto Federal do Acre. A primeira, é assistente social atuando na assistência estudantil e é mestranda no ProfEPT/Ifac, o segundo autor é docente da área de educação física atuando desde o ensino médio à pós-graduação, sendo orientador da mestranda no ProfEPT/Ifac. Reconhecendo a importância e o potencial educativo do trabalho dos educadores não-docentes e instigados pelas questões que se apresentavam no ambiente de trabalho, especificamente na assistência estudantil, este passou a ser objeto de investigação sistemática, visando apresentar contribuições para uma atuação do setor para além dos auxílios financeiros.
Verificamos a importância da atuação dos profissionais não-docentes a partir da assistência estudantil no processo de educação integral, tendo em vista as várias questões de cunho social, econômico e psicológico que envolvem os estudantes e que podem interferir no seu rendimento acadêmico. Por meio do atendimento integrado, aumentam-se as possibilidades de superação dessas dificuldades. Ademais, identificamos poucos estudos que reportam a assistência estudantil sob o viés universalista, não centrado exclusivamente em apoios financeiros, o que demonstra a importância desse estudo como complemento às discussões sobre o programa nacional de assistência estudantil.
Estamos aprofundando o estudo na dissertação de mestrado que trata sobre a assistência estudantil a partir do viés universal (que considera a multidimensionalidade do sujeito), entretanto, ainda há muito a ser pesquisado e discutido sobre essa temática a fim de reforçar a importância dos profissionais não docentes no processo educacional como fator agregador para o êxito estudantil e a formação cidadã do estudante.
SOARES, P.S. and AMARAL, C.A. Educadores não-docentes na formação cidadã: possibilidades para a assistência estudantil [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2022 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2022/03/21/educadores-nao-docentes-na-formacao-cidada-possibilidades-para-a-assistencia-estudantil/
Na sociedade contemporânea, muito tem se discutido sobre a concepção de uma educação cidadã que se afaste de modelos pedagógicos padronizados e excludentes, em favor de um ambiente de aprendizagens colaborativas e interativas que considerem todos os integrantes da escola como protagonistas do processo educativo. O entendimento desse conceito implica na reflexão sobre a nova função social da escola e, por consequência, sobre a nova função pedagógica de seus profissionais (BRASIL, 2004).
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