A necessária diferenciação entre brincadeira e jogo nas atividades de Educação Infantil

Maria Aparecida Mello, Professora Titular Sênior da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

Logo do periódico Educação em Revista.

A pesquisa Diferenças conceituais e pedagógicas entre os termos “brincadeira” e “jogo” no Brasil, publicada no periódico Educação em Revista, foi realizada para o exame titular da professora Maria Aparecida Mello da UFSCar e envolveu a questão da necessidade de diferenciação entre ambos os termos, evidenciando que eles não são sinônimos e têm implicações importantes nas aprendizagens das crianças de Educação Infantil. 

Os resultados indicaram a importância da atividade de brincadeira para crianças de 0 a 3 anos, de forma que possam desenvolver as atividades involuntárias para atividades voluntárias e o papel mediador da professora é central nesse processo. Da mesma forma, o jogo de papéis é fundamental para que a criança de 3 a 6 anos possa desenvolver atividades volitivas, aquelas que exigem persistência e maior consciência sobre si e os outros.

Fotomontagem com três imagens de crianças brincando.

Fotomontagem. Fonte: Pixabay.

Tanto a brincadeira quanto o jogo exigem a intervenção da professora na transição da atividade involuntária para a voluntária e da atividade voluntária para a volitiva. Assim, o jogo de papéis diferencia-se da brincadeira porque ele sempre pressupõe a comunicação com o outro, a imaginação, a consciência e atividade voluntária em direção à atividade volitiva. O jogo, necessário na escola, que pode desenvolver as funções psíquicas superiores especiais da criança, não é apenas individual, mas, principalmente, grupal, coletivo. A criança precisará do outro para poder realizar o objetivo que o jogo concerne: gerar aprendizagens e desenvolvimento psíquico. 

Esta pesquisa confirmou que as atividades nessa etapa de Educação Básica precisam ser sistematizadas e programadas com intencionalidade a partir de um currículo que integre as atividades de brincadeira para crianças de 0 a 3 anos e as atividades de jogo de papéis para as crianças de 3 a 6 anos. As contribuições desta pesquisa vão na direção de que a Educação Infantil possa cumprir a função para a qual lutamos quando de sua integração à Educação Básica: educação de qualidade para todas e quaisquer crianças de 0 a 6 anos.

Para ler o artigo, acesse

MELLO, M.A. DIFERENÇAS CONCEITUAIS E PEDAGÓGICAS ENTRE OS TERMOS “BRINCADEIRA” E “JOGO” NO BRASIL. Educação em Revista [online]. 2023, vol. 39, e36641 [viewed 01 August 2023]. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698368536641. Available from: https://www.scielo.br/j/edur/a/8CgHT4tKZpRkShypQPT6f4L/

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

MELLO, M.A. A necessária diferenciação entre brincadeira e jogo nas atividades de Educação Infantil [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2023 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2023/08/01/a-necessaria-diferenciacao-entre-brincadeira-e-jogo-nas-atividades-de-educacao-infantil/

 

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