Após um longo período de implementação de uma política extremista em nível estatal, que culmina com o genocídio Yanomami, voltaremos, ao que se pode presumir, a ter políticas públicas consistentes direcionadas à área ambiental no país. A região amazônica foi duramente impactada nesse período, com fortes consequências negativas recaindo, de forma desproporcional, sobre os povos originários e comunidades tradicionais e os territórios em que vivem.
Por outro lado, o atual governo já sinalizou também que terá, em algum nível, um viés desenvolvimentista, colocando a construção de grandes obras de infraestrutura no centro de sua atuação econômica, que gerarão outros impactos negativos em níveis micro e macro. A viabilização da via fluvial de escoamento da soja produzida no Centro-Oeste do país é um exemplo de ação que afetará toda a calha da região amazônica, que se tornará via de tráfego intenso de navios com carga transgênica.
Enquanto não se modificar em profundidade a forma como vivemos em nível global, criando condições para que floresça uma “civilização florestal” nos trópicos, os principais vetores do desmatamento continuarão a pressionar o território, o bioma, as sociedades lá presentes – desde as urbanas até as em áreas protegidas. O apagamento de comunidades e povos tradicionais amazônicos avança à medida que a natureza, transmutada em recursos naturais pelo processo civilizatório ocidental, é violada em suas condições de resiliência. Para além da perda da natureza, o conhecimento tradicional sobre seu uso e manejo encontra-se ameaçado.
A iniciativa de organizar este Tema em Destaque teve por finalidade buscar dar visibilidade à pesquisa de ponta em Ambiente e Sociedade que se faz atualmente sobre e na Pan-Amazônia, tanto do ponto de vista empírico, com trabalho monográfico derivado de campo, quanto em perspectivas teóricas, voltadas para o esforço de compreensão de processos históricos mais gerais.
Este Tema em Destaque acolhe trabalhos com resultados de estudos de caso, assim como voltados a contextos mais amplos nas variadas interfaces da interdisciplinaridade, envolvendo o espectro de contextos socioambientais que perfilam o território amazônico.
Com relação aos custos de publicação, será de responsabilidade do(a) autor(a) o pagamento da taxa inicial de submissão do artigo, no valor de R$ 150, e da taxa para publicação, no valor de R$ 600, para os artigos aprovados. Informações mais detalhadas sobre os custos, pagamento e submissão poderão ser encontradas no site https://www.scielo.br/asoc/.
Os artigos devem ser submetidos em inglês, português ou espanhol. Para os dois últimos casos, quando aprovados, também deverão ser traduzidos para o inglês na fase final de publicação. Os custos de tradução dos artigos serão de responsabilidade dos autores.
Prazo de envio de artigos completos: 31 de agosto de 2023.
Publicação de artigos: Volume 2024, sessão “Tema em Destaque”
Maiores informações sobre o processo de encaminhamento dos artigos para a revista estão disponíveis no site https://www.scielo.br/asoc/
Importante: No momento da submissão do artigos, através do Sistema ScholarOne, os autores devem informar, no campo “Cover Letter”, que o trabalho está sendo submetido para o Tema em Destaque “A AMAZÔNIA EM ERA DE RECONSTRUÇÃO E DE NEODESENVOLVIMENTISMO”. CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS TEMA EM DESTAQUE 2024
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