Quer saber como a interação ensino-serviço-comunidade realizada no espaço da Atenção Primária pode melhorar a formação médica?

Marcelo Torres Peixoto, Professor assistente do curso de Graduação em Medicina da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA, Brasil

Experiência multiprofissional que aproxima a universidade dos serviços de saúde e da comunidade, apresenta as ações integrais de cuidado (CECÍLIO, 2011) pactuadas entre estudantes e professores do curso de Medicina da Universidade Estadual de Feira de Santana, profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O modelo de atuação é interprofissional e tem contribuído para ampliar o processo de formação médica na Atenção Primária à Saúde (APS) em Feira de Santana, município de referência no semiárido baiano.

No artigo “Formação médica na Atenção Primária à Saúde: experiência com múltiplas abordagens nas práticas de integração ensino, serviço e comunidade”, publicado no periódico Interface – Comunicação, Saúde, Educação (v. 23, supl. 1), os autores narram as experiências vivenciadas durante as Práticas de Integração Ensino, Serviço e Comunidade (PIESC), a partir de um Mapa Conceitual (SOUZA; BORUCHOVITCH, 2010), contextualizando-o, com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a graduação em medicina, publicadas pelo Ministério da Educação em 2001 e atualizadas em 2014, no bojo do Programa Mais Médicos para o Brasil.

 

O manuscrito relata a construção do conhecimento nos campos teóricos e práticos da Saúde Coletiva e Medicina Geral de Família e Comunidade ao longo dos quatro anos das PIESC, quando estudantes, tendo uma Unidade de Saúde da Família (USF) como referência, realizam ações de Territorialização, Planejamento Local, Educação em Saúde, Gestão do Cuidado e Clínica Ampliada a partir da elaboração, discussão e execução de Projetos Terapêuticos Familiares, através da realização de ações integrais (individuais e coletivas) de promoção da saúde, identificação de riscos e vulnerabilidades, prevenção de doenças e agravos, diagnóstico, tratamento e manutenção da saúde na USF (consultas médicas), no domicílio (atividades educativas) e em serviços de referência (acompanhamento de procedimentos clínicos, sociais e de imagem).

Ao longo do texto, discute-se participação dialógica e articulada entre os diversos sujeitos durante as atividades das PIESC, bem como, as dificuldades e tensionamentos presentes. Num exercício de problematização da realidade local, buscando sempre, melhorar o cuidado em saúde no âmbito do SUS/APS/ESF e a melhoria da formação do futuro médico.

Referências

CECÍLIO, L. C. O. Apontamentos teórico-conceituais sobre processos avaliativos considerando as múltiplas dimensões da gestão do cuidado em saúde. Interface (Botucatu), v. 15, n. 37, p. 589-599, 2011. ISSN: 1414-3283 [viewed 30 July 2019]. DOI: 10.1590/S1414-32832011000200021. Available from: http://ref.scielo.org/p2t8hs

SOUZA, N. A. and BORUCHOVITCH, E. Mapas conceituais: estratégia de ensino/aprendizagem e ferramenta avaliativa. Educ. rev., v. 26, n. 3, p. 195-217, 2010. ISSN: 0102-4698 [viewed 30 July 2019].  DOI: 10.1590/S0102-46982010000300010. Available from: http://ref.scielo.org/3s2mmw

Para ler o artigo, acesse

PEIXOTO, M. T. et al. Formação médica na Atenção Primária à Saúde: experiência com múltiplas abordagens nas práticas de integração ensino, serviço e comunidade. Interface (Botucatu), v. 23, suppl. 1, e170794, 2019. ISSN: 1414-3283 [viewed 30 July 2019]. DOI: 10.1590/interface.170794. Available from: http://ref.scielo.org/36dswf

Link externo

Interface – Comunicação, Saúde, Educação – ICSE: www.scielo.br/icse

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

PEIXOTO, M. T. Quer saber como a interação ensino-serviço-comunidade realizada no espaço da Atenção Primária pode melhorar a formação médica? [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2019 [viewed ]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2019/07/31/quer-saber-como-a-interacao-ensino-servico-comunidade-realizada-no-espaco-da-atencao-primaria-pode-melhorar-a-formacao-medica/

 

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