Susana Seidel Demartini, Mestra em Educação em Ciências e Matemática, Doutoranda em Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), São Leopoldo, RS, Brasil.
Isabel Cristina Machado de Lara, Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática e do Programa de Pós-Graduação em Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.
Durante os anos de 2020 e 2021, com a pandemia da covid-19, os professores tiveram que se adaptar às novas exigências estabelecidas pelo isolamento social. A prática docente precisou ser repensada e reformulada, em particular, por meio do modelo remoto emergencial de ensino. Com isso, a maioria das instituições de ensino proporcionou aos seus professores capacitações que possibilitaram aprendizagens e adaptações em relação ao uso de ferramentas tecnológicas.
Esse artigo fez parte de uma pesquisa desenvolvida pela doutoranda Susana Seidel Demartini, sob orientação da Prof. Dra. Isabel Cristina Machado de Lara, durante o desenvolvimento da disciplina Matemática e Realidade, do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Motivada pela temática da disciplina, a respeito da discussão sobre a Matemática e a realidade, Demartini preocupou-se em investigar os desafios e formação dos professores de Matemática durante a realidade pandêmica. Considerando que as tecnologias foram tema central de sua pesquisa de mestrado e é foco de sua atual pesquisa de doutorado, sob orientação de Lara, verifica a importância da inserção das mesmas na formação dos professores de Matemática.
Para a realização da mencionada pesquisa, 23 professores de Matemática responderam a um questionário online, apresentando suas percepções acerca do conceito de Matemática, sua realidade e as ferramentas tecnológicas mais utilizadas durante o ensino remoto. A análise das respostas dos participantes apontou que tais recursos foram importantes para aumentar a participação e o interesse dos estudantes pelas aulas, facilitando os processos de ensino e de aprendizagem. Entre as ferramentas mais utilizadas destacaram-se: GeoGebra; sites e jogos online; YouTube; e, plataformas de videoconferência.
O uso das ferramentas tecnológicas, apontadas pelos professores, aumentou a motivação dos estudantes pelas aulas de Matemática, pois tornaram-nas mais dinâmicas e colaborativas. Além disso, os docentes aprenderam recursos novos, pouco utilizados ou desconhecidos antes das aulas remotas emergenciais. Os participantes também mencionaram dificuldades de acesso dos estudantes às aulas remotas, como limitação no acesso à internet ou falta de equipamentos para isso.
Os aprendizados dos docentes durante a pandemia, apontados na pesquisa, poderão ser utilizados para aprimorar processos educativos futuros. Contudo, uma das questões emergentes é como os professores continuarão utilizando as ferramentas descobertas, aprendidas e utilizadas após esse período. Espera-se que as vantagens percebidas com o uso das ferramentas continuem sendo viáveis com o retorno ao modelo presencial das aulas.
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Durante os anos de 2020 e 2021, com a pandemia da covid-19, os professores tiveram que se adaptar às novas exigências estabelecidas pelo isolamento social. A prática docente precisou ser repensada e reformulada, em particular, por meio do modelo remoto emergencial de ensino. Com isso, a maioria das instituições de ensino proporcionou aos seus professores capacitações que possibilitaram aprendizagens e adaptações em relação ao uso de ferramentas tecnológicas.
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